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"Documentário Missão Bolívia, de Dado Galvão, tem todos os ingredientes de um filme de ficção"


       

BRASÍLIA - AGÊNCIA CONGRESSO - O documentário Missão Bolívia, de Dado Galvão, tem todos os ingredientes de um filme de ficção ao contar a história da fuga de um senador da Bolívia para o Brasil.
O trajeto de Roger Pinto Molina e todos os detalhes de sua viagem até Brasília serão mostrados na fita que deve estrear em breve.

Molina teve que fugir de seu país porque denunciou o presidente Evo Morales de envolvimento com o narcotráfico.

O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, fez parte da história.

Ferraço conseguiu um jato para trazer o refugiado de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, até Brasília.

Roger Pinto Molina vive, atualmente, de favor no apartamento funcional do senador Sérgio Petecão (PSD-AC).

O político boliviano é refugiado indigesto para o PT. Uma reeleição de Dilma Rousseff tornaria pouco provável a concessão de asilo político a Molina.

A fuga para o Brasil aconteceu em 2013, depois de 15 meses de refúgio na sede da missão diplomática em La Paz.

Ele percorreu 1,6 mil quilômetros num carro da embaixada brasileira e foi levado, de La Paz até Corumbá, sob escolta de fuzileiros navais.

Molina alega que, depois de denunciar Evo Morales, foi alvo de perseguição política. Contra ele foi decretada ordem de prisão sob acusação de desacato e venda de bens públicos.

É esta viagem até Mato Grosso do Sul, mais o voo até Brasília e como vive Roger Pinto Molina que será contada no documentário.

Uma operação cheia de riscos. Incluiu até a simulação da presença de Molina na embaixada brasileira em La Paz.

Como todos os movimentos do parlamentar eram monitorados, seu perfil ficava online no Facebook e luzes eram acesas e apagadas no cubículo onde morou por 454 dias.

Ele asilou-se na embaixada porque recebia constantes ameaças. Hoje circula por Brasília e até visita o Congresso Nacional para contar sua história.

Molina costuma lembrar a seus interlocutores que 90% da cocaína consumida no Brasil vêm da Bolívia. E que não há policiamento eficiente nas fronteiras.

O pedido de asilo de Molina ainda será julgado. Mas seu advogado, Fernando Tibúrcio, acha pouco provável que ele consiga por não contar com a simpatia do governo do PT.

Enquanto isso, ele vai levando a vida. No último dia 23 de junho, de acordo com Veja Brasília, ele assistiu à partida entre Brasil e Camarões.

Molina camuflou-se entre os torcedores no Estádio Mané Garrincha. O advogado Fernando Tibúrcio não cobra honorários de seu famoso cliente.