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"Se vencer, Aécio Neves deveria convidar Yoani Sánchez para sua posse."

Se vencer, Aécio Neves deveria convidar Yoani Sánchez para sua posse. Eis um tema que os tucanos deveriam resgatar na campanha dessa reta final contra o PT: Yoani Sánchez. O Brasil presenciou um dos maiores descalabros do governo petista e da esquerda em geral quando a blogueira cubana visitou o país. Para quem não lembra, uma turba ensandecida de arruaceiros resolveu atacar a dissidente, ofendê-la, tentar impedir sua livre manifestação como se fosse um leão de chácara do tirano Fidel Castro. Vejam, por exemplo, esse bate-boca entre Aloysio Nunes, vice na chapa de Aécio, e a líder dos arruaceiros Vanessa Grazziotin, aliada do PT:

 

À época, a Veja denunciou o ato nefasto do PT, de distribuir um dossiê contra a blogueira. O plano para espionar e constranger Yoani Sánchez foi elaborado pelo governo cubano, mas foi executado com o conhecimento e o apoio do PT, de militantes do partido e de pelo menos um funcionário da Presidência da República, ligado ao ministro Gilberto Carvalho. 

Os “soldados” da ditadura cubana, ligados ao PT, tentaram impedir a apresentação de um documentário sobre a cubana, e obrigaram os organizadores a cancelar a exibição do filme. O documentário, que trata da falta de liberdade de expressão em dois países da América Central e contém uma entrevista de Yoani, fazia parte do primeiro ato da cubana em sua viagem ao Brasil. 

A produção é dirigida pelo cineasta baiano Dado Galvão, que convidou a blogueira a vir ao país – seu primeiro destino após cinco anos de negativas do regime comunista para deixar a ilha caribenha. Galvão é o autor do documentário sobre o escandaloso caso boliviano também, que já divulguei aqui. Vejam seu depoimento sobre o episódio Sánchez, ao lado do deputado tucano Otávio Leite:

 

Enquanto os tucanos ligados a Aécio tentavam garantir a liberdade de expressão, os militantes ligados ao PT e gente do próprio partido atuava para impedir críticas ao regime cubano, a mais longa e assassina ditadura do continente. Dilma, não custa lembrar, cedeu a Granja do Torto ao ditador Raúl Castro, que resolveu despachar lá como se fosse sua sede de governo, e ainda reclamou de críticas da imprensa. 

Diante disso tudo – e aqui falo apenas da pontinha do iceberg – podemos constatar sem medo de errar que o pleito no próximo dia 26 é basicamente uma escolha entre quem defende o Brasil e quem defende Cuba, entre quem sustenta a liberdade de expressão e quem se curva perante ditadores opressores. A imagem que circula nas redes sociais define bem o que está em jogo: 

Brasil ou Cuba
Acredito que Aécio Neves não só deveria trazer à tona o caso novamente, como se comprometer previamente com um convite a Yoani Sánchez para sua posse, caso saia vitorioso desse segundo turno. Seria uma forma bastante clara de traçar uma linha divisória entre um potencial estadista e um partido lacaio de tiranos assassinos.

Rodrigo Constantino - Revista Veja